LINGUAGEM ORAL
|
·
Palavra sonora
·
Requer a
presença dos interlocutores;
·
Ganha em
vivacidade;
·
É espontânea e
imediata;
·
Uso de
palavras-curinga, de frases feitas;
·
É repetitiva e
redundante;
·
O contexto
extralingüístico é importante;
·
A
expressividade permite prescindir de certas regras;
·
A informação é
permeada de subjetividade e influenciada pela presença do interlocutor.
·
Recursos:
signos acústicos e extralingüísticos, gestos, entorno físico e psíquico
|
LINGUAGEM ESCRITA
|
·
Palavra gráfica
·
É mais
objetiva.
·
É possível
esquecer o interlocutor
·
É mais
sintética.
·
A redundância é
um recurso estilístico
·
Comunicação
unilateral.
·
Ganha em
permanência
·
Mais correção
na elaboração das frases.
·
Evita a
improvisação
·
Pobreza de
recursos não-lingüísticos; uso de letras, sinais de pontuação
·
É mais precisa
e elaborada.
·
Ausência de
cacoetes lingüísticos e vulgarismos
·
O contexto
extralingüístico tem menos influência
|
Diferenças entre Linguagem Oral e Linguagem Escrita
Variação Linguística
Para iniciar esse assunto, é
necessário que você saiba que:
1. No Brasil, de Roraima ao Rio Grande dos Sul, vive-se uma grande
unidade linguística; uma nação que fala a Língua Portuguesa.
2. O item anterior é uma grande mentira.
Infelizmente, no Brasil, muitos acreditam que é falada realmente
apenas uma língua uniforme. Essa crença traz diversos prejuízos, começando por
desconsiderar as centenas de línguas indígenas remanescentes do país, além de
ignorar diversas comunidades de imigrantes estrangeiros que mantém a língua de
seus ascendentes. Outro ponto que tal crença ignora é a existência das
variedades linguísticas.
Porém, antes de aprofundar no mito da unidade linguística
nacional, você conhecerá um pouco sobre as diferenças entre Língua e Fala.
A Linguística só passou a ser compreendida como um campo autônomo
da ciência graças às contribuições de Ferdinand de Saussure, linguista e
filósofo suíço. O livro “Curso de Linguística Geral”, uma compilação feita por
seus alunos com base em três disciplinas delinguística ministradas por Saussure
na Universidade de Genebra, é considerada a obra seminal da ciência
linguística.
O “Curso de Linguística Geral”, obra fundamental para qualquer
estudante de linguística, traz as diversas dicotomias postuladas por
Saussure, tais como a de Sintagma e Paradigma, Significante e Significado,
Sincronia e Diacronia e a que interessa nessa discussão: Língua e Fala.
Saussure compreendia a linguagem, então, da seguinte maneira:
Língua (langue) é o aspecto social da linguagem. Ela é homogênea, possui
ordem, sistematização e é compartilhada aos falantes de uma comunidade
linguística.
Fala (parole) é o aspecto individual da linguagem. Dessa forma, ela é
heterogênea, imprevisível e irredutível a regras e sistematizações.
Isso significa que, ao olhar a Língua Portuguesa enquanto
“langue”, é possível dizer que todos os brasileiros pertencem a um país que
usa, de maneira oficial, o mesmo sistema linguístico. Por outro lado, dentro do
Brasil, há diversas variedades linguísticas criadas a partir das
individualidades e das especificidades dos diferentes grupos linguísticos. Se
de fato o país fosse uma grande unidade, você nunca teria conversado ou
escutado alguém conversar sobre as diferenças de sotaque ou formas de falar de
pessoas de outras regiões ou classes sociais.
Foi a partir das contribuições de Saussure que se notou a
necessidade de estudos linguísticos com foco na fala, e foi em meados do século
XX que surgiu a sociolinguística como modelo de pesquisa. Com os resultados das
investigações da sociolinguística foi possível demonstrar que as línguas
variam, mudam ao longo do tempo e estão ligadas de maneira muito próxima a seus
usuários. linguística ministradas por Saussure na Universidade de Genebra, é
considerada a obra seminal da ciência linguística.
O “Curso de Linguística Geral”, obra fundamental para qualquer
estudante de linguística, traz as diversas dicotomias postuladas por
Saussure, tais como a de Sintagma e Paradigma, Significante e Significado,
Sincronia e Diacronia e a que interessa nessa discussão: Língua e Fala.
Saussure compreendia a linguagem, então, da seguinte maneira:
Língua (langue) é o aspecto social da linguagem. Ela é homogênea, possui
ordem, sistematização e é compartilhada aos falantes de uma comunidade
linguística.
Fala (parole) é o aspecto individual da linguagem. Dessa forma, ela é
heterogênea, imprevisível e irredutível a regras e sistematizações.
Isso significa que, ao olhar a Língua Portuguesa enquanto
“langue”, é possível dizer que todos os brasileiros pertencem a um país que
usa, de maneira oficial, o mesmo sistema linguístico. Por outro lado, dentro do
Brasil, há diversas variedades linguísticas criadas a partir das
individualidades e das especificidades dos diferentes grupos linguísticos. Se
de fato o país fosse uma grande unidade, você nunca teria conversado ou
escutado alguém conversar sobre as diferenças de sotaque ou formas de falar de
pessoas de outras regiões ou classes sociais.
Foi a partir das contribuições de Saussure que
se notou a necessidade de estudos linguísticos com foco na fala, e foi em
meados do século XX que surgiu a sociolinguística como modelo de pesquisa. Com
os resultados das investigações da sociolinguística foi possível demonstrar que
as línguas variam, mudam ao longo do tempo e estão ligadas de maneira muito
próxima a seus usuários.
Para perceber essas variações, tente se lembrar das diferenças
presentes entre as falas de gaúchos, mineiros, paulistas, cearenses, baianos,
cariocas. E se você se distanciar do Brasil, verá que a Língua Portuguesa de
outros países, inclusive Portugal, traz variações ainda mais marcantes. Com
esse exercício, notará que há diferenças fonéticas (“côlorido” x “cólorido”),
sintáticas (“não é” x “é, não”), lexicais (“mandioca” x “aipim” ou “moça” x
“guria”), semânticas (se um paulista pedir um prato de “verduras” em
Pernambuco, ele poderá receber tanto “verduras” quanto “legumes”), entre
outras.
Esses exemplos citados no parágrafo anterior dizem respeito,
principalmente, às diferenças geográficas, que podem acontecer por diferenças
culturais, interferência de outras culturas ou outras línguas, por situações
específicas da região (como clima, agricultura ou história regional, por
exemplo).
No que diz respeito às diferenças sociais e socioculturais, é
possível ver principalmente as diferenças que existem entre classe social,
faixa etária e sexo.
As diferenças nas faixas etárias são aquelas notadas entre as
gerações, por meio dos arcaísmos. Por exemplo, as gírias (“uma
brasa”, “mora?”), as palavras (assistir o “poer” do sol), e as construções
sintáticas (tomá-la-emos).
Já as variações linguísticas por classes sociais se dão
principalmente entre as ocorrências padrão/não padrão, conservadora/inovadora
ou de prestígio/estigmatizada. Esse assunto será tratado mais profundamente no
próximo tema dessa disciplina.
Há, ainda, as variações referentes à sexualidade, em que se pode
notar diferenças linguísticas entre homens, mulheres e grupos LGBT. Os estudos
nessa área ainda trazem vários questionamentos, mas já apontam alguns
resultados acerca de algumas diferenças e variedades entre os grupos.
Por fim, há também as diferenças de contexto, comumente
notadas nos diferentes usos da língua que um mesmo grupo pode fazer em
diferentes situações. Isso pode ser visto principalmente nas diferenças entre
situações formais e não formais (a forma de falar com sua família em
contraposição aos contextos profissionais ou jurídicos, por exemplo), ou
situações de diferentes tipos de relacionamento (como a diferença entre
conversar com um amigo íntimo e com um total desconhecido).
Outro tipo de diferença de contexto pode ser notado nas relações
de grupos sociais ou profissionais. A gíria, por exemplo, é um tipo de linguagem
especial que nasce em grupos sociais que buscar gerar uma comunicação
inteligível somente entre seus integrantes (seja esse grupo uma comunidade, uma
faixa etária, uma classe social de determinada região geográfica). Para os
grupos profissionais, tem-se o jargão como outro tipo de linguagem
especial. Os jargões profissionais são termos compreendidos somente entre as
pessoas que dominam o assunto e a situação em que eles ocorrem.
Como dito por Gnerre (2003 apud GOMES, 2011, p. 81), as linguagens
especiais tem por função social, além da comunicação, reafirmar a identidade
dos integrantes de um determinado grupo e excluir a comunicação de pessoas de
comunidades linguísticas externas.
De todas essas reflexões, o mais importante é
que você perceba que, mesmo dentro de um grande sistema, chamado Língua
Portuguesa, existem diversas variedades linguísticas e infinitas possibilidades
comunicativas. Tal diversidade é justamente o que torna a língua algo “vivo”,
em constante transformação e evolução, além de marcar de maneira fundamental a
identidade cultural de seus falantes e, claro, manter sua função fundamental de
comunicação.
Novo Começo....
Mais um ano iniciou-se e mais um período também! rs Estou indo para o 5º semestre e esta muito perto a minha formatura! (ai que nervosismo rs) Que Deus abençoe esse ano que seja repleto de bençãos pra todos vocês e pra mim também!
Que veja o 5º período! haha :D
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